Projeto Abacaxis

O Projeto Abacaxis é uma propriedade de 20.000 hectares que cobre alvos de ouro no Escudo Precambriano de Guaporé, de propriedade da Suzel Gvp Mineração Ltda. (“Suzel”) e está localizada a aproximadamente 270 km a sudeste da cidade de Manaus, no distrito de Maués, estado do Amazonas, noroeste do Brasil. A propriedade é acessível por barco, pequena aeronave ou helicóptero.

O Projeto Abacaxis está localizado na área do Tapajós, uma das áreas mais ativamente exploradas por garimpeiros no Brasil. Na propriedade, estreitos veios de quartzo-sulfeto-ouro cortam rochas metassedimentares proterozóicas. Os veios são excepcionalmente de alta qualidade, com mais de 30 g/t Au. Rochas nas paredes adjacentes também contêm valores anômalos de ouro com 2 a 4 g/t Au. A área está à margem de uma falha proterozóica que pode ter sido remobilizada durante eventos tectônicos mais jovens.

Em 1995 a Matapi associou-se a empresa canadense Golden Star Resources, que iniciou a exploração. O programa de sondagem foi executado pela empresa Guianense Interterra, iniciada em novembro de 1998 e encerrada em março de 1999. O programa executado totalizou 14 furos, totalizando 1932,65 m, e cobriu os três principais alvos anômalos (Principal , Tatu e Pista). O programa promoveu uma melhor compreensão da geologia da propriedade; no entanto, a quantidade de dados acumulados ainda é limitada, considerando o tamanho da propriedade. Um mapa geológico das áreas-alvo foi produzido com base nas informações geológicas dos furos e no mapeamento detalhado da superfície das exposições geradas pelos garimpeiros a céu aberto.

A análise dos dados obtidos pela campanha de sondagem levou às seguintes conclusões: o padrão estrutural da área indica estruturas mineralizadas, como dobras ou zonas de cisalhamento, que poderiam hospedar um depósito de classe mundial; os corpos intrusivos de Tonalito podem gerar a quantidade de fluido necessária para formar uma mineralização significativa; é provável que essas rochas intrusivas agissem como barreira e canalizassem fluidos ascendentes mineralizados ao longo de seus contatos, no entanto, não existe uma armadilha estrutural significativa para concentrar a mineralização; e não havia pressão de fluido suficiente no sistema para produzir uma alteração hidrotérmica significativa.

O projeto Abacaxis está na fase “Requerimento de Lavra” e as atividades encontram-se suspensas pela Agência Nacional de Mineração (ANM) até que exista um plano de gerenciamento aprovado que permita a atividade de mineração na unidade de conservação federal para uso sustentável de Urupadi, onde está o localizado o projeto.

Atualmente a Matapi está em busca de um parceiro minerador para financiar pesquisas adicionais para confirmar o modelo geológico das estruturas mineralizadas, expandir as estimativas de recursos minerais e testar outros alvos na propriedade. Alternativamente, existe a possibilidade de implantar uma pequena mineração, de caráter excepcional via Guia Utilização, para financiar novas atividades de exploração. As despesas históricas acumuladas de exploração e avaliação são da ordem de CA$ 3,5 milhões relacionadas à propriedade que tem estimado recurso mineral medido e inferido de 227 KOz Au contido.